Em um país oriental, uma jovem japonesa foi convidada a passar as
festividades de Natal e Ano Novo em casa de uma senhora cristã. Ao
despedir-se, no fim das férias, a senhora perguntou-lhe se havia
apreciado a forma como vivemos no mundo ocidental. “Oh, gostei muito! A
sua casa é muito bonita, mas”
– disse com um olhar de quem procurava ver
ao longe – “há uma coisa que senti falta e fez sua casa parecer
estranha. Fui com a senhora à sua igreja e vi adorar ali seu Deus; mas,
senti falta de Deus em sua casa. Como a senhora sabe, no Oriente nós
temos um nicho para nossos deuses em cada casa, e os deuses estão sempre
conosco. A senhora não costuma adorar a Deus em seu lar?”
Vivemos hoje a tragédia dos lares secularizados. A absorvente luta
pela sobrevivência e a tensão dos tempos modernos parecem conspirar em
muitos lares contra os hábitos devocionais. Os programas banais de
televisão e as novelas acompanhadas com entusiasmo estão militando
contra o cultivo da piedade em nossos lares. O lar deixou de ser uma
igreja para a família.
“Senti falta de Deus em sua casa”, foram as palavras repassadas de
censura, de uma jovem pagã, ao sentir a ausência de Deus em um lar
cristão.
Como pais, temos o dever e o privilégio de transmitir aos nossos
filhos a herança espiritual. “Devem eles [os pais] ser cuidadosos,
sábios e ternamente guiados às veredas do serviço cristão. Temos para
com Deus o solene compromisso de criar nossos filhos para Seu serviço,
rodeá-los de influências que os induzam a escolher uma vida de serviço”
(A Ciência do Bom Viver, p. 61).
Paulo encontrou um dos melhores colaboradores em Timóteo, que
provinha de um lar onde Deus era honrado. Escreveu o apóstolo: “Trazendo
à memória a fé não fingida que há em ti, a qual habitou primeiramente
em tua avó Lóide, e em tua mãe Eunice, e estou certo que habita também
em ti” (II Timóteo 1:5).
Há lares que produzem delinquentes, marginais, vidas inúteis. Outros
há que produzem homens de bem, gigantes da fé, como Timóteo.
Sendo que os pais e as mães são os agentes que mais naturalmente Deus
usa na formação do caráter dos filhos, que qualidade de pessoas estão
produzindo os nossos lares?
(Escrito por Enoch de Oliveira, “Bom dia, Senhor”, p. 171)
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